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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

INTERVENÇÃO CIRÚRGICA: UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

A equipe de neurocirurgia do Hospital da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, experimentou, em 2004, uma nova abordagem cirúrgica para o tratamento da síndrome de Tourette, resultando na resolução imediata e quase completa dos sintomas para o paciente, que sofreu deste distúrbio neurológico desde criança. A técnica deu tão certo que tem sido aplicada em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.

Steve Blackman tinha seis anos quando foi diagnosticado com síndrome de Tourette. Embora a terapia padrão com medicação controlava boa parte de seus movimentos na infância, sua condição se agravou seriamente com a idade.

"Tinha de beber com canudinho, caso contrário, eu iria derramar o líquido e até mesmo quebrar o copo com a gravidade dos espasmos musculares, que eram fortes e imprevisíveis", diz Steve. "Eu tinha ouvido falar sobre a estimulação cerebral profunda para outros distúrbios do movimento. Eu sabia que a cirurgia cerebral era arriscada e os médicos não podiam garantir qualquer resultado positivo, mas eu queria ter uma chance. E eu estou muito agradecido pelo que eles fizeram. "

Antes da cirurgia, chamada estimulação cerebral profunda, os médicos mapearam as regiões do cérebro de Steve, através de ressonância magnética, scans e imagens 3-D. Seu objetivo era localizar a rota mais segura e mais direta de atingir as células dentro da porção tálamo do cérebro, envolvidos no controle dos movimentos impulsivos.

Ao colocar eletrodos em torno dessas células para cortar a estimulação de alta freqüência elétrica contínua, mensagens de controle são reajustados ao longo do movimento central no cérebro. Os eletrodos são conectados a partir do cérebro através de fios sob a pele (por baixo do tórax, pescoço e couro cabeludo) para uma bateria implantada logo abaixo da clavícula.

Agora, Steve tem sempre à mão uma espécie de controle remoto. Ao toque de um botão, pode desligar o mecanismo, como quando vai dormir e seus espasmos param por completo, naturalmente. Ao acordar, liga o aparelho e seus tics acontecem com menor frequência, cerca de 200 ao dia, um número bastante inferior aos mais de mil espasmos violentíssimos e diários que teve por quase toda a vida, que o anulavam completamente.

Confira o caso de Blackman no vídeo abaixo (em espanhol).


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