Amigos

Translate

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ADOLESCENTES COM TOC


Inquieta, Andressa Freitas de Souza, 23, bota-se de pé. "Sabe o que é? Se eu não lavar as mãos, não vou conseguir conversar com você." A garota vê sujeira onde, aparentemente, não há. "Se eu tocar no chão, no rejunte dos pisos, por exemplo, acho que vou me contaminar". A aflição só passa quando ela abre a torneira da cozinha: "Senão a mente trava", explica, esfregando as mãos com detergente.

Andressa tem TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), um distúrbio mental que afeta cerca de 4 milhões de jovens e adultos no Brasil. "A obsessão é aquele pensamento, mesmo sem sentido, que a pessoa não consegue tirar da cabeça. E a compulsão é o ritual feito para afastá-lo", explica Ana Hounie, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo.
De acordo com a especialista, qualquer um pode desenvolver o TOC. E, muitas vezes, os primeiros sinais despontam na adolescência.

Prisioneira de inúmeras manias, que se acumularam e se substituíram, Andressa começou a ir mal na faculdade de enfermagem e largou tudo no segundo semestre. "Quando ia estudar, era o caderno deste jeito, a caneta assim, o estojo ali... Insuportável." Como se não bastasse a fissura pela higiene, ela também se apega à simetria.
No ano seguinte, aos 19, a mãe chegou em casa afobada, sacudindo uma revista: "Olha, Andressa, você tem a mesma coisa que o Roberto Carlos!".

A revista, que já era antiga, contava que o cantor não saía de um lugar pela porta que entrou, não usava marrom e não dizia palavras negativas: parou até de cantar um de seus sucessos, "Quero Que Vá Tudo pro Inferno".

Preocupada, Andressa começou a pesquisar sobre o TOC e encontrou outro caso famoso, o da modelo e atriz Luciana Vendramini. Ela ficou entre 1999 e 2003 sem trabalhar, tempo que levou para vencer a doença. No início, ela só conseguia dormir depois de ver três táxis amarelos. No auge, ficou dez horas no chuveiro, esperando um pensamento bom vir à mente.

De imediato, Andressa procurou um psiquiatra e começou a se tratar com remédios. "Quando ele me disse que o TOC não tinha cura, eu comecei a chorar", lembra.

Há um ano, Diogo, 12, também encara o tratamento recomendado - medicamentos (como antidepressivos) e terapia. Ele é da turma da limpeza, mas nada o atrapalha na escola, já que a região "contaminada" está em casa. Discreto, diz que não quer "parecer estranho".

Às vezes, o transtorno é tão intenso que chega a afastar seus portadores até de pessoas queridas. É o caso de João, 19, que quando era criança não conseguia tocar na irmã porque algo dentro da sua cabeça dizia que ela era "suja".

Naquele tempo, criou outro comportamento repetitivo: engolir saliva olhando para cima, "para não absorver algo do inferno". Aos 17, "achava que minha mãe ia morrer e rezava para isso não se concretizar". Hoje, no segundo tratamento, ainda se incomoda com alguns pensamentos, mas uma rápida oração é o suficiente para acalmá-lo.

"O Roberto e a Luciana não têm ideia do quanto eles encorajam, até hoje, as pessoas", conta a educadora Maura Carvalho, que fundou, em 1996, a Astoc (Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-Compulsivo), junto com outras três mães.

Comum entre os jovens com o transtorno, a vergonha e a discrição, na verdade, só atrapalham. Quanto mais tarde o TOC for diagnosticado, mais difícil fica controlá-lo. "O primeiro remédio é, na verdade, a informação", explica.

De acordo com a educadora, é importante que as famílias e as escolas estejam atentas e preparadas para dar suporte e tornar tudo o mais natural possível. "Se o Rei tem TOC, qual é o problema de nossos filhos e alunos terem, poxa?", acrescenta, entre risos.

Antes de procurar ajuda, avalie o seu comportamento:

É TOC

- Não conseguir sair do chuveiro até se ensaboar por um número determinado de vezes

- Dar repetidas batidinhas em portas ou em maçanetas

- Não sair do lugar até que os cadarços dos tênis estejam amarrados simetricamente

Não é TOC

- Gastar 20 minutos lavando e cuidando dos cabelos todos os dias antes de ir para a escola

- Repetir uma música até decorar a letra ou ver inúmeras vezes um vídeo engraçado

- Deixar o guarda-roupa e as gavetas arrumados antes de sair de casa

Fonte: jornal Folha de São Paulo

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

NOTOU SINTOMAS? AJA RÁPIDO!


Quando os sintomas iniciais são perturbadores ou assustadores, a ponto de provocar rejeição e ridículo por parte de colegas, vizinhos, professores e até observadores ocasionais, faz-se muito necessário procurar ajuda o mais rápido possível. Tratar a doença precocemente é fundamental.

Os pais podem se sentir arrasados pelo caráter inusitado do comportamento de seu filho. A criança corre o risco de ser ameaçada, excluída das atividades familiares e privada de se envolver nas atividades e relacionamentos corriqueiros de sua faixa etária.

Tais dificuldades tendem a aumentar na adolescência, um período muito especial na vida dos jovens e mais ainda na de uma pessoas que luta contra as dificuldades de uma doença neurológica. O diagnóstico e tratamento precoces são recomendáveis para evitar ou minimizar danos psicológicos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

VIDEO SOBRE O CONVÍVIO NORMAL COM A TOURETTE


Esta reportagem sobre síndrome de Tourette apresenta o depoimento de Mar Rodriguez, uma jovem portadora da enfermidade, que não se deixa abater pelos eventuais transtornos que os tiques lhe trazem. No vídeo, ela aparece em sala de aula e no grupo de teatro do qual faz parte. Está em espanhol, sem legenda, mas é perfeitamente compreensível aos brasileiros.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ESTUDOS SOBRE TERAPIAS ALTERNATIVAS


O conjunto de textos a seguir é adaptado de uma nota em Inglês publicada na revista da Associação para Síndrome de Tourette nos Estados Unidos, do dr. Samuel Zinner, professor assistente de pediatria da Washington University School of Medicine:

Estratégias comportamentais/nenhuma droga no tratamento de Tourette

Encorajado pelo crescente interesse do público em tratamentos não farmacológicos, tem aumentado a investigação sobre as opções que não incluem medicação para gerenciar tiques. Estes vão desde o uso de substâncias alternativas como suplementos alimentares, para o uso de terapias de modificação de comportamento.

É importante reconhecer que a medicina tradicional e intervenções alternativas não são opções intercambiáveis - ambas podem ser usadas em conjunto e podem fornecer uma resposta mais favorável do que o utilizado individualmente.

Os resultados de estudos bem desenhados nos ajudam a gerenciar tiques. Até o momento, poucos estudos randomizados e controlados foram realizados investigando opções não-farmacológicas para Tourette. Estes estudos são as referências científicas usadas para testar a eficácia dos tratamentos potenciais.

Apesar da falta de evidências científicas, há uma série de relatos e interesse nas abordagens não testadas. O Instituto Nacional de Saúde e outras agências estão tomando o interesse público com muita seriedade. Na verdade, um ramo adicional do Instituto Nacional de Saúde (EUA) foi criada para investigar especificamente sobre o tema.

Atualmente, há um estudo para explorar o impacto do óleo de peixe em tiques. Ao longo do tempo, veremos o surgimento de novos estudos financiados. Apesar de ainda estarem incompletos, os resultados destes estudos podem dar aos profissionais de saúde a confiança para estes tratamentos.

A Tourette Syndrome Association (TSA) estabeleceu uma força-tarefa para relatar abordagens complementares ou alternativas para reduzir os sintomas de Tourette.

(continua abaixo)

(continuação) ABORDAGENS COMPORTAMENTAIS

Outra área de estudo abrange abordagens comportamentais para gestão e tiques será o foco da discussão. "Comportamento" refere-se a aprender ou desaprender comportamentos. Muitas vezes, as terapias comportamentais são baseadas em:

1) fortalecer um especificamente relacionadas com recompensa ou prazer experiências;

2) para reforçar uma atividade específica relacionada com a diminuição do desprazer (evitando a punição).

Quando o comportamento se torna mais frequente, como resultado de uma recompensa, é chamado "reforço positivo".
Quando um comportamento se torna mais frequente, como resultado de uma redução ou para evitar a punição, ele é chamado de "reforço negativo".

A maioria dos adultos e crianças maiores de nove ou 10 anos pode descrever um "impulso premonitório" antes de ter um tique. Esta urgência é uma sensação desagradável (atenção, pressão, etc.) do tique e ajuda a livrar-se dele.

Apesar de tiques não serem, definitivamente, voluntários, muitas crianças mais crescidas e adultos com tiques podem ter algum controle de curto prazo sobre eles. O resultado desse controle, no entanto, é a persistência de urgência. Muitas vezes, podem levar à liberação de tiques ainda mais fortes.

(continua abaixo)

(continuação) O PAPEL DA TCC

Financiados pelos Institutos Nacionais de Saúde através da TSA, muitos centros médicos estão cooperando em um estudo que apoia a terapia cognitivo-comportamental (TCC) no tratamento dos tiques.  A terapia de reversão de hábito (TRH) inclui:

- Estado de treinamento de auto-consciência: aumenta a consciência da urgência e os tiques pressentimento mesmo.

- Treinamento de relaxamento: ensina uma pessoa a relaxar em momentos de estresse.

- Resposta competitiva: Quando o desejo premonitório ocorre, a pessoa aprende o comportamento competitivo que interfere com/ou substituir o tique.

- Contenções sociais: ajudam a incentivar a família, professores e amigos. Este método inclui "gestão de contingência".

Existem poucos estudos sobre terapia de reversão de hábitos nas pessoas com síndrome de Tourette. Alguns destes estudos sugerem que a TRH é eficaz em reduzir os tiques e que estes resultados são duradouros.

Existem muitos métodos de TRH, mas o principal objetivo é interferir com o reforço negativo. Se é possível aprender a separar o tique do impulso premonitório, pouco a pouco, a urgência pode ser reduzida e, portanto, também irá reduzir os tiques.

Há muitas maneiras de TRH, mas os pontos-chave seguintes ilustram as bases:

- Comece com os tiques mais visíveis, aplicando a terapia de forma progressiva.

- Respostas competitivas para os tiques são mantidos por um minuto ou mais para ser praticada. Se dobrar o punho é o tique, então uma resposta competitiva pode ser a extensão dela.

O "modelo" é ensinar novos comportamentos lentamente, em pequenos passos, e, geralmente, demonstrando o comportamento desejado. Se uma criança encolhe seu pulso como um tique, então pode aprender a flexionar a metade do movimento. Outra abordagem pode ser a flexionar o pulso todo, mas se deslocando a metade da velocidade e, em seguida, um terço de sua velocidade, e assim por diante.

Os procedimentos de modelagem são normalmente utilizados para tiques motores. A respiração lenta e rítmica é geralmente usado para reduzir os tiques vocais. As piscadelas dos olhos normalmente não são motivo para usar HRT.

Já a Análise Funcional (AF) envolve a identificação de situações que mantenham ou aumentem a gravidade ou a frequência de tiques e fazer algo com eles. Estas situações têm um "record" (coisas que ocorrem antes tiques) e "consequências" (coisas que ocorrem após o tique).

Tais consequências podem incluir coisas como ser convidado a sair de um ambiente, deixar a lição de casa inacabada, etc. Além disso, outros fatores podem ser considerados, como tentar ser o centro das atenções ou escapar de situações indesejáveis. Para as crianças, os antecedentes e as consequências comumente ocorrem enquanto assiste televisão, faz a lição de casa ou durante as refeições.

Tanto consequências positivas e negativas podem reforçar tiques. Por exemplo, se um menino está assistindo à TV e os tiques incomodam sua irmã que também quer assistir à TV, é provável que ela vá reclamar com sua mãe. E os tiques pioram.

A mãe sente empatia por ele, grita com a filha e a manda para o seu quarto. O menino, agora, tem a TV só para ele. Seus sintomas acabam de ser "positivamente reforçados" por recompensa.

Por outro lado, se a mãe grita com o menino para parar com os seus tiques e o manda para seu quarto, isto o faz se sentir perseguido e aumenta os sentimentos negativos, que em última análise, leva a um agravamento de tiques.

(FIM)

Fonte: Blog Mis Tics 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

AS MUITAS FORMAS DE TRATAMENTO DA ST

Há várias formas de se tratar com eficiência a síndrome de Tourette, de forma isolada ou complementarmente. Nenhum vai eliminar por completo seus sintomas, mas irá amenizar o problema. Seguem abaixo o que está disponível, para sua orientação, lembrando sempre que qualquer forma de tratamento deve ser prescrito e acompanhado por um médico (psiquiatra ou neurologista):

Tratamento medicamentoso

Existem medicamentos específicos para aliviar os tiques da síndrome. Essas drogas não curam a doença, servem apenas para controlar os tiques. Esses medicamentos só devem ser utilizados, quando prescritos pelo médico. Jamais utilize medicamentos sem prescrição médica. No caso da Síndrome de Tourette medicamentos não prescritos pelo psiquiatra ou neurologista, podem causar mais transtornos a curto e a longo prazo no quadro da sintomatologia da doença.

Tratamento neurocirúrgico

Muitos procedimentos neurocirúrgicos foram realizados com o objetivo de aliviar a incapacitação produzida pelos tiques motores complexos e vocais. Essas cirurgias permanecem no ambiente experimental e existem apenas dados limitados concernentes aos riscos e aos benefícios de alguns procedimentos específicos. A barreira que se justifica para poucos procedimentos neurocirúrgicos, justifica-se pela ocorrência de seqüelas neurológicas mais graves do que a própria sintomatologia da doença original.

Tratamento psiquiátrico

De 30 a 60% dos pacientes com a Síndrome de Tourette, podem desenvolver a idéia obsessiva e os rituais de olhar fixo e imagens intrusivas, sons, palavras ou música, são sintomas que surgem anos após o início dos tique motores, durante a latência tardia ou nos anos da pré-adolescência. O comportamento compulsivo muitas vezes aparece primeiro e pode ser muito difícil, ou mesmo impossível, distingui-lo de tiques motores complexos. Por isso a necessidade de tratamento psiquiátrico a longo prazo.

Tratamento psicopedagógico

Embora a eficácia de intervenções educacionais de suporte não sejam avaliadas rigorosamente em portadores da Síndrome de Tourette, em alguns casos parecem apresentar clinicamente efeitos positivos. Terapia cognitivo-comportamental têm sido apontada como uma das mais eficazes terapias, para os portadores da síndrome.

Tratamentos alternativos

Métodos alternativos para reduzir o stress, como exercícios, musicoterapia, relaxamento, psicoterapia de grupo, podem ser eficazes no tratamento da síndrome, devendo ser incentivados.

Fonte: Blog Nossas Vidas com Tourette

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

NEUROFEEDBACK NO TRATAMENTO DO TDAH

A equipe do ProDAH - Programa de Transtornos de Déficit de Atenção/Hiperatividade - UFRGS, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, está usando o neurofeedback no tratamento do TDAH. Os resultados são interessantes. Confira no vídeo uma reportagem sobre o assunto.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

DICA DE FILME: MAZE


Lyle Maze é um artista talentoso que sofre de Sindrome de Tourette. Apesar dos incovenientes sociais, provocados pelo problema, Maze , que conseguiu se destacar como pintor, inicia seus trabalhos de escultura visando uma exposição. Sua vida começa a mudar quando Mike, seu médico e amigo , decide trabalhar em Burundi (África), deixando para trás sua namorada Callie que está grávida.

Callie passa a ser modelo de Maze e a gravidez e o trabalho acabam criando vínculos afetivos entre os dois. O problema é que para a moça, Lyle Maze é apenas seu melhor amigo, alguém para compartilhar suas desilusões amorosas. Maze tenta não se apaixonar por Callie, mas na medida que o trabalho e a gravidez avançam isso se torna cada vez mais difícil.

O filme apresenta, de forma dramática, os muitos sintomas de Lyle: tiques vocais e motores severos, TOC, ataques de ira. Não conseguimos um link pra download, assim, sugerimos que você procure em uma boa locadora, pois é muito esclarecedor. Assista abaixo a uma cena do filme.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

NOVAS PESQUISAS SOBRE A ST

Atualmente, os pesquisadores financiados pelos Institutos Nacionais de Saúde estão realizando uma série de grandes pesquisas genéticas. Rápidos avanços na tecnologia de identificação de genes permitem uma abrangente revisão completa do genoma.

A descoberta de um ou mais genes na síndrome de Tourette seria um avanço para a compreensão do fator de risco genético.

Além disso, um melhor entendimento da genética da síndrome de Tourette será mais eficaz para o diagnóstico clínico, melhorará o aconselhamento genético, irá esclarecer a fisiopatologia e indicar novos caminhos para alcançar terapias mais eficazes.

Estudos de neuroimagem latente

Com os avanços dos últimos cinco anos na tecnologia de imagem e do número crescente de investigadores qualificados, tem tido um aumento da utilização de técnicas novas e poderosas para identificar regiões de circuitos do cérebro, e fatores neuroquímicos de importância para a síndrome de Tourette e seus distúrbios relacionados.

Neuropatologia

Nos últimos cinco anos tem havido um aumento no número e na qualidade de cérebros com síndrome de Tourette, os cérebros dos pacientes após a morte, foram doados e estão disponíveis para pesquisa.

Este aumento adicionado aos avanços técnicos em neuropatologia resultou em descobertas importantes nos estudos iniciais de neuroimagem e modelos animais de síndrome de Tourette.

Os ensaios clínicos

Foram recentemente concluídos ou estão sendo realizados muitos ensaios clínicos sobre a síndrome de Tourette.

Estas incluem pesquisas sobre tratamento com estimulantes em defícit de atenção e hiperatividade associada com síndrome de Tourette, bem como tratamentos para modificar o comportamento para reduzir a gravidade dos tiques em crianças e adultos.

Pequenos estudos com novas abordagens ao tratamento, tais como as drogas usando como agonistas da dopamina e GABA também parecem ser promissores.

Epidemiologia e ciências clínicas

Cuidadosos estudos epidemiológicos sugerem agora que a incidência da síndrome de Tourette é muito maior que o estimado anteriormente, com uma ampla gama de gravidade clínica.

Além disso, a pesquisa clínica está dando novos resultados com relação a síndrome de Tourette e as doenças que coexistem com ele.

Estes subtipos incluem:

- estudos da síndrome de Tourette e transtorno obsessivo compulsivo;

- o exame da relação entre déficit de atenção;

- problemas de aprendizagem em crianças com síndrome de Tourette;

- uma nova avaliação dos tiques sensoriais;

- o papel dos ataques de raiva.

Uma das áreas mais importantes da ciência relacionada com a síndrome de Tourette estuda a relação entre esta doença e a lesão autoimune do cérebro associada a infecção estreptocócica beta-hemolítica  grupo A, ou outras doenças infecciosas.

Fonte: blog Nossas Vidas com Tourette

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

UM POUCO SOBRE TRANSTORNO DO MOVIMENTO ESTEREOTIPADO

A característica essencial do transtorno de movimento estereotipado é um comportamento motor repetitivo, não funcional e muitas vezes aparentemente intencional.

Este comportamento motor interfere acentuadamente nas atividades normais ou resulta em lesões corporais auto-infligidas, suficientemente significativas para exigirem tratamento médico (ou resultariam em ferimentos, caso não fossem adotadas medidas de proteção). Em presença de retardo mental, o comportamento estereotipado ou autodestrutivo é suficientemente severo para se tornar um foco do tratamento.

O comportamento não é melhor explicado por uma compulsão (como no TOC), um tique (como na ST), uma estereotipia que faz parte de um transtorno invasivo do desenvolvimento, ou arrancar os cabelos (como na tricotilomania).

O comportamento também não é devido aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a uma condição médica geral. Os comportamentos motores devem persistir por pelo menos quatro semanas.

Os movimentos estereotipados podem incluir acenar com as mãos, balançar o corpo, brincar com as mãos, remexer os dedos, manusear objetos, bater a cabeça, morder a si mesmo, beliscar a pele ou enfiar os dedos em orifícios corporais, ou golpear várias partes do próprio corpo.

Às vezes o indivíduo usa um objeto para executar esses comportamentos, podendo causar danos permanentes e debilitantes aos tecidos e, por vezes, acarretar risco de vida. Por exemplo, o ato de bater ou golpear severamente a cabeça pode provocar cortes, sangramentos, infecções, descolamento da retina e cegueira.

Fonte: Psiqweb

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O TOC VAI EMBORA?



A maioria das pessoas com TOC apresenta um vaivém dos sintomas. Você pode se  desapontar se tiver a expectativa de que se os sintomas forem embora, isso será para sempre.

Algumas pessoas podem ter um episódio único e permanecer livres de sintomas pelo resto da vida. Entretanto, é melhor estar preparado para que os sintomas voltem em períodos estressantes da vida ou durante períodos de mudanças e ajudar a pessoa com TOC a estar preparada também.

O curso flutuante do TOC é influenciado por diversos eventos, mais freqüentemente o estresse. Eventos estressantes podem ser qualquer coisa,  inclusive alegrias e ocasiões positivas. Pessoas com TOC geralmente comentam que não gostam de mudanças e têm dificuldade de mudar. Até o presente momento não existe cura garantida para o TOC.

Há formas efetivas de tratamento que podem permitir a pessoa a levar uma vida normal. Pode ser útil para as famílias manter em mente que não é incomum para as pessoas com TOC beneficiarem-se de psicoterapias depois que o TOC foi tratado.

Sintomas de depressão, conflitos de ajustamento conjugal, sentimentos de estar fora do passo em relação aos colegas são típicos e necessitam de atenção particular. Depois que os sintomas do TOC diminuem, a pessoa pode começar a perceber o quanto da vida perderam.

Os membros da família frequentemente ficam confusos com isto por presumirem que depois da melhora do TOC tudo mais ficaria bem também. O processo de recuperação se dá com ajuda profissional, compreensão de familiares e amigos e com o tempo.

Fonte: PROTOC/FMUSP

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A TOURETTE E O CONVÍVIO SOCIAL


É comum que o indivíduo com ST se sinta distante dos outros e seja visto pelos colegas como diferente por adotar comportamentos pouco usuais. Como reação, talvez passe até a evitar o contato social, tornando-se tímido ou agressivo.

Diante disso, a regra de reforçar comportamentos adequados funciona. Ele deve ser estimulado quando se comportar de maneira mais aberta com os colegas e sem agressividade, timidez ou medo. Ficar em casa só com os pais pode protegê-lo de situações difíceis, mas dificultará sua vida futura.

Portanto, quanto mais ele se expuser a situações sociais, menos ansioso ficará em relação a elas, garantindo também, de forma geral, a diminuição dos tiques.

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

COMORBIDADE: OUTROS OBSTÁCULOS

Transtornos Específicos do Aprendizado - em alguns casos podem estar presentes, tais como dislexia, dificuldades à escrita ou leitura, ou problemas na integração visual-motora.

Problemas reativos - resultantes das dificuldades diárias enfrentadas como estigmatização, baixa auto-estima proveniente dos sintomas, dificuldades de atenção acarretando baixo rendimento acadêmico, são fatores que podem levar a estados depressivos.

Distúrbios do sono - podem ocorrer sonambulismo, dificuldade em conciliar o sono ou despertares frequentes.

Dificuldade em controlar os impulsos - pode resultar em comportamentos impróprios, explosivos ou excessivamente agressivos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

UM POUCO SOBRE DISORTOGRAFIA


Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque as relações com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo.

Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia.

A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.

Características:

- Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta;

- Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão;

- Omissões: cadeira/cadera, prato/pato;

- Fragmentações: en saiar, a noitecer;

- Inversões: pipoca/picoca, formiga/morfiga;

- Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.

Orientações:

- Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas.

- Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.

- Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.

Fonte: Psicopedagogia Brasil