Amigos

Translate

quinta-feira, 30 de maio de 2013

CRESCEM OS PORTADORES DE TDAH


Um novo relatório da Central de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que aponta um aumento significativo na porcentagem de crianças que são, ou que já foram diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Eles agora estimam que 9,5% dos jovens ou são diagnosticadas com TDAH ou que tenham sido em algum momento.

Alguns dos outros achados significativos são: daqueles com TDAH atual, quase metade (46,7%) têm TDAH leve, com o restante tendo moderada (39,5%) ou grave (13,8%). Não surpreendentemente, o TDAH continua a ser diagnosticado mais de duas vezes mais em meninos que em meninas (13,2% para 5,6%). Entre as crianças com TDAH atual, 66,3% tomam medicação para o distúrbio.

Os maiores aumentos em casos diagnosticados eram de adolescentes mais velhos, as crianças multirraciais e hispânicos, e crianças com uma linguagem primária diferente do Inglês.

terça-feira, 28 de maio de 2013

ST É HEREDITÁRIA?


Há estudos genéticos mostrando que os distúrbios de tiques, incluindo ST, são herdados como gen ou genes dominante(s) com a capacidade de produzir sintomatologia variada nos diversos membros da família.

O indivíduo portador de ST tem uma chance de cerca de 50 por cento de transmitir seu gen ou genes à sua prole. No entanto, este gen ou genes podem se expressar como ST ou uma síndrome de tiques bastante leve ou ainda como um transtorno obsessivo compulsivo sem expressão de tiques de espécie alguma.

Sabe-se que a incidência de tiques leves e manifestações obsessivo-compulsivas é mais elevada entre os familiares dos pacientes com ST. O sexo da criança também influencia a expressão do gen ou genes. A chance de que o filho de um portador de TS venha a ter o mesmo distúrbio é pelo menos três vezes maior para os filhos do sexo masculino.

Entretanto, somente uma minoria das crianças que herdam este gen ou genes manifestarão sintomas cuja gravidade tornará imperiosa a assistência médica. E há casos de ST em que não se identifica hereditariedade; são casos designados como ST esporádica, já que não se pode estabelecer vinculação genética.

Fonte: Associação Neurológica do Canadá

quinta-feira, 23 de maio de 2013

COMO SÃO OS ADULTOS COM TOURETTE



Estudos indicam que adultos que persistem com tiques consideram que os vocais são os mais perturbadores que os motores, e que, embora o impacto dos tiques em suas vidas persista, é moderado.

Um estudo que entrevistou 58 adultos com Tourette encontrou que 80% eram do sexo masculino, com idades entre 19 e 55 anos, 62% eram solteiros, 36% casados e 2% divorciados. Em relação ao nível educacional, 21% tinham ido à universidade e somente 10% tinham concluído apenas o ensino fundamental, enquanto o restante havia alcançado ou concluído o ensino médio. Em relação a emprego, apenas 7% estavam desempregados.

Dessa amostra, 57% tinham apresentado os tiques inicialmente entre os 7 e os 11 anos, 30% antes dos 6 anos e 12% depois dos 12 anos de idade. Quando questionados se haviam melhorado com o passar do tempo, 53% disseram que sim, 22%, que pioraram e 24%, que se mantiveram do mesmo modo. A idade média em que os tiques começaram a melhorar foi 17,5 anos. Dos pacientes entrevistados, 50% estavam em tratamento medicamentoso para tiques.

Há pouquíssimos estudos sobre pessoas cujos tiques se manifestaram pela primeira vez na fase adulta. No entanto, há registros de casos de transtornos de tiques com características de ST com início entre os 18 e 52 anos. Não está claro, porém, se esses casos tinham uma predisposição genética e desenvolveram tiques após um fator ambiental (50% tinham um familiar afetado) ou se eram secundários ao fator ambiental (infecções, trauma físico ou psicológico, exposição a drogas lícitas ou ilícitas).

Um estudo norte-americano com 43 pacientes com ST encontrou que 18% deles haviam iniciado os tiques após os 18 anos de idade. Além disso, aqueles cujo quadro havia iniciado na fase adulta tinham mais tiques faciais e de tronco, enquanto os com tiques iniciados quando eram mais jovens tinham mais tiques fônicos e de extremidades.

A frequência de depressão e transtornos por uso de substâncias também é maior em adultos com ST, o que reforça a necessidade de se tratar o quadro o quanto antes, a fim de evitar esse desfecho indesejável.

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

terça-feira, 21 de maio de 2013

A ST INFLUENCIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO?


Algumas raras vezes, a ST pode prejudicar a escolha da profissão. Não podemos nos esquecer de que a maioria dos pacientes são portadores de formas leves da ST. Casos mais severos, que afetam os membros superiores impedem, por exemplo, a escolha de carreiras que exijam movimentos de precisão.

Porém, um número crescente de portadores de formas moderadas ou até mais intensas da ST vem obtendo sucesso profissional nas mais diversas áreas como medicina, engenharia, direito, jornalismo, esportes e ciência da computação (veja a postagem "Touréticos famosos", aqui no Clic).

Muitos outros vêm sendo treinados com sucesso em centros universitários para atuar em áreas técnicas e comerciais.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

OS TIQUES DURAM A VIDA TODA?


Em geral, a pior fase da ST é o período entre os 8 e os 12 anos. A boa notícia é que mais da metade desses pacientes tende a melhorar muito ao final da adolescência e início da fase adulta. Em um terço das pessoas acometidas, os sintomas vocais se tornam cada vez mais raros ou podem desaparecer, e os tics motores podem diminuir em número e frequência.

A remissão completa ocorre em 30% dos casos, mesmo sem tratamento. No entanto, para uma menor porcentagem de indivíduos, a idade adulta é também o período no qual os transtornos de tics mais graves e debilitantes podem se manifestar. Embora seja mais rato, a síndrome pode começar na vida adulta, mas em geral tem seu início na infância.

Os fatores que influenciam a continuidade dos transtornos de tics da infância para a idade adulta ainda não são bem compreendidos. Supõe-se que envolvam o processo de maturação do sistema nervoso central, mais precisamente a interação dos mecanismos responsáveis pelos tics, bem como a exposição a estimulantes do SNC e o conjunto de experiências emocionais traumáticas e estressantes vividos durante a infância e adolescência.

Acredita-se que, com a maturação do SNC, a conexão entre os córtices frontais e o estriado e entre os córtices motores e sensório-motores se dê mais eficientemente.

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

terça-feira, 14 de maio de 2013

MOZART PODE TER SIDO TOURÉTTICO



O compositor Wolfang Amadeus Mozart viu a sua vida afetada por uma estranha e compulsiva doença. Segundo um documentário que a emissora de TV britânica Channel 4 exibiu recentemente, Mozart sofria de síndrome de Tourette. No programa, o compositor James McConnell, que também tem a doença, explica por que o mestre austríaco (1756-1791) parece ter padecido do mesmo problema, depois de analisar algumas de suas cartas e partituras.

Segundo McConnell, Mozart era propenso a utilizar palavras e frases inapropriadas e tinha um comportamento impulsivo, com reações como abandonar o piano em pleno recital e perante a realeza para brincar com um gato que tinha entrado na sala.

O autor de óperas tão conhecidas como "As bodas de Fígaro" escreveu algumas cartas absolutamente repugnantes e, embora as pessoas do século XVIII fossem bastante grosseiras, ele foi ainda mais longe. McConnell acha que a música do gênio austríaco é uma "mistura de caos e controle".

A síndrome de Tourette é uma batalha constante entre duas coisas: ter uma compulsão e controlá-la e isso Mozart transferiu para a música". Permitia, com a introdução de complexas regras, que a sua música se propagasse em direções caóticas, mas sempre sob seu domínio.

Embora o compositor britânico considere que a síndrome tenha influido na obra de Mozart, rejeita que o transtorno fosse a fonte do seu talento. "Ele sofreu com a ST. Embora isso possa afetar a forma como um gênio se expressa a si mesmo, ao fazê-lo ir contra seus princípios, sem a doença ele também teria sido um compositor brilhante", concluiu.

Fonte: Médicos na Internet

quinta-feira, 9 de maio de 2013

INFORMAÇÃO, A CHAVE PARA UMA VIDA MELHOR


A síndrome de Tourette está mais presente na sociedade do que as estatísticas oficiais informam. A estimativa de que um para cada 100 habitantes do mundo tem a patologia considera apenas aquelas pessoas que procuraram algum tipo de ajuda médica.

Quem sofre da doença, mas o faz em silêncio, não aparece nos levantamentos, já que nem mesmo eles sabem que são portadores de ST. Talvez (e bem provavelmente) desconhecem até que seus sintomas têm nome, sobrenome e, o melhor de tudo, tratamento.

Esta é a importância de que o maior número possível de pessoas tome conhecimento acerca da Tourette. Mesmo que não apresente nenhum tique, pode conhecer alguém que os tenha e, assim, ajudá-lo. Professores, sobretudo de educação infantil e ensino fundamental, precisam saber diferenciar espasmos crônicos de simples manias de criança.

A disseminação dessas informações poderá evitar que se produzam crianças infelizes, adolescentes complexados e adultos introspectivos. Sem esquecer do tanto de sofrimento desnecessário aos portadores e suas famílias, com graves reflexos em suas vidas social, pessoal e profissional.

terça-feira, 7 de maio de 2013

TOURETTE E DEPRESSÃO


Sabe-se que a depressão é mais comum entre pessoas com condições neurológicas desfavoráveis. Às vezes, esses sintomas depressivos são uma resposta a ter que lidar com os sintomas destas doenças. Mas para outros, a depressão pode ser uma parte integrante da condição neurológica. As áreas do cérebro que controlam o movimento também estão envolvidas na geração das emoções.

A família costuma pedir referências a psicólogos ou psiquiatras com experiência em Tourette. Tais referências são o ideal, mas nem sempre é possível ou mesmo necessário. A depressão na população geral é de 10 a 50 vezes mais comum do que no caso de portadores de Tourette.

Por isso, é mais importante procurar um profissional treinado no diagnóstico e tratamento da depressão/ansiedade.

Fonte: Blog Mis Tics

quinta-feira, 2 de maio de 2013

BRUXISMO É UM TIQUE?



O Auber, nosso colaborador, tem, atualmente, sete tiques ativos e não simultâneos (já teve 12, já teve três...; eles vão e vêm :-D). O que mais o incomoda fica particularmente agravado quando ele está ansioso ou tenso: o bruxismo. Mas ainda que, no caso dele, se trate de um tique, o bruxismo acontece em cerca de 15% da população mundial, sem relação com a Tourette.

É um hábito parafuncional que leva o paciente a ranger os dentes de forma rítmica durante o sono ou, menos prejudicialmente, durante o dia - que é o caso do Auber. É observado em pacientes de todas as idades e geralmente está relacionado ao alto nível de estresse. Pode causar desgastes nos dentes e agir como um dos fatores causais das dores de cabeça e distúrbios da articulação temporomandibular.

Ranger os dentes à noite e apertá-los durante o dia formam um problema progressivo que o paciente frequentemente não nota e só é percebido se prestar atenção na própria tensão muscular ou se o rangido noturno é escutado por outra pessoa. O diagnóstico geralmente é feito depois de surgirem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas na mandíbula e maxila, travamento das articulações temporomandibulares, etc.

Quando noturno, o bruxismo envolve movimentos rítmicos semelhantes aos da mastigação, com longos períodos de contração dos músculos mandibulares, podendo ser a causa da dor muscular e da fadiga. Um alinhamento incorreto dos dentes e o fechamento inadequado da boca costumam estar presentes em grande parte dos casos.

A doença pode atingir qualquer pessoa não tendo relação direta com a faixa etária. A incidência é maior nas mulheres que nos homens. Existe também o chamado bruxismo diurno, que é caracterizado por uma atividade semivoluntária da mandíbula de apertar os dentes enquanto o indivíduo se encontra acordado, onde geralmente o ranger dos dentes está ligado a algum hábito ou tique, diferente do bruxismo noturno, que é um ato inconsciente enquanto o indivíduo dorme.

As dores de cabeça tensionais são comuns nos portadores de bruxismo. Elas surgem por contração excessiva dos músculos da mastigação, podendo atingir rosto, pescoço, ouvido e até ombros. Outro problema decorrente do bruxismo é dor na articulação temporomandibular (localizada no osso do crânio e mandíbula). Esta também pode sofrer estalos, travamento, restringir a abertura da boca e desviar para o lado ao abrir e fechar.

Fonte: Wikipedia