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terça-feira, 29 de outubro de 2013

A IMPORTÂNCIA DO MEDICAMENTO E A QUALIDADE DE VIDA



Depoimento de Daniela Torres, criadora do blog Nossas Vidas com Tourette e mãe de um adolescente portador de ST:

"Amamos viajar. Quem não gosta?

Mas, com a Tourette como companheira de viagem, nem sempre tudo ia bem.

Não vamos culpar apenas a Tourette, tínhamos  também na bagagem o TOC. Uma verdadeira compulsão, obsessão, que podia tornar determinados momentos do passeio um tormento.

Sabíamos o que estava acontecendo, mas mesmo assim era difícil aceitar. Imagine para nosso filho. Ele era o principal alvo de tudo isso.

Quando viajávamos, além do pensamento em comprar (TOC), os movimentos (tiques) se exacerbavam: era a expectativa da viagem. Sempre voltávamos dos passeios com uma coleção de tiques, muitos...

Felizes, sim, mas com uma ponta de cansaço pelo desgaste que tudo provocava em meu filho e pelo fato de não conseguir amenizar tudo isso.

Depois dos medicamentos novos (meio do ano passado para cá), essa foi nossa primeira viagem para um lugar distante.

Avião, expectativa e nenhuma palavra COMPRA, shopping ou algo parecido. O TOC adormeceu realmente, faz algum tempo que notávamos isso. Foi um teste difícil para mim porque tinha tudo isso e ele passou com nota 10.

O TOC adormeceu, está controlado. Podemos vencer o TOC sim, é real . Com um bom psiquiatra, um bom medicamento e uma boa terapia cognitiva.

Que bom que eu, como mãe, não desisti. Que bom que lutamos por essa qualidade de vida.

Os medicamentos têm dois lados. Podem destruir mais ainda, mas se bem administrados, se bem escolhidos e bem dosados de acordo com cada paciente, podem dar qualidade de vida.

Claro que os ajustem tem que ser feitos e que paciência é fundamental.

Mais uma vez , não se conforme se algo continuar errado, tem algo a fazer, e tudo isso eu agradeço a Deus e à psiquiatra dra.  Fabiana Corado, que assumiu a Tourette, entendeu e continua nos ajudando sempre.

Amo meus filhos , cada pedaçinho deles, então imagine como estou .

Parabéns filho, mais uma vitória!!!!

E lembre-se sempre: 'Eu tenho Tourette, mas a Tourette não me tem.'"

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A MACONHA E A ST


Vários indivíduos com Tourette severa usam regularmente maconha e reportam que ela acalma e alivia seus tiques. Alguns poucos ensaios clínicos randomizados do Delta 9-tetra-hidrocanabinol, ou THC, o ingrediente ativo da maconha, foram realizados.

Alguns dos pesquisadores estão convencidos de que o THC e componentes relacionados da maconha chamados canabinoides ajudam; outros ainda têm dúvidas.

A análise mais ampla até agora da eficácia de canabinoides para a síndrome de Tourette veio de um grupo de pesquisa na Grã-Bretanha, o Cochrane Collaboration, que revisou toda informação disponível. Eles descobriram que "as melhoras na frequência e severidade dos tiques foram pequenas e apenas detectadas por algumas medições de resultados".

O grupo concluiu que não há provas suficientes para sustentar o uso de canabinoides no tratamento de tiques e de comportamento obsessivo-compulsivo em pessoas com síndrome de Tourette. Além disso, o uso regular da maconha também tem potenciais efeitos colateriais físicos e psicológicos, como apatia, depressão e até psicose em indivíduos vulneráveis.

Quanto à forma de ação, existe uma crescente literatura científica tratando da capacidade do corpo de produzir substâncias chamadas endocanabinoides, que se assemelham aos componentes ativos da maconha. O corpo humano contém várias enzimas que produzem esses canabinoides endógenos, e dois tipos específicos de receptores dessas substâncias estão espalhados pelo corpo, inclusive no cérebro.

Parece que os canabinoides podem modular grandes sistemas neurotransmissores no cérebro, inclusive aqueles envolvendo o GABA e a glutamina. Essa série de reações químicas fornece uma hipótese do motivo da maconha às vezes ter o efeito de reduzir os tiques.

Fonte: Portal Terra

(O Clic Nervoso é contra a automedicação. Isto inclui experimentos com drogas ilícitas, cujos benefícios ainda não estão devidamente comprovados. Além do que, consumir maconha, no Brasil, é crime).

terça-feira, 22 de outubro de 2013

COCA COLA E CAFÉ PODEM PIORAR OS TIQUES


Recentemente, foram publicados resultados de um estudo cujo objetivo é aumentar o conhecimento sobre a influência de determinadas bebidas na ST. Um questionário padronizado foi enviado para 887 pessoas recrutadas através do ambulatório de Hannover (Alemanha).

Foi encontrada correlação positiva em termos de agravamento de tiques provocados por bebidas que contêm cafeína e tanino. Os resultados mostraram que 34% e 47% dos entrevistados, respectivamente, ressaltaram que o café e bebidas do tipo Coca Cola pioraram seus tiques. Especula-se que as substâncias podem estimular um sistema dopaminérgico hiperativo. Para os brasileiros, especificamente, o mesmo vale para o chimarrão e o tererê.

No entanto, apenas com esses dados preliminares ainda não é possível fazer recomendações gerais a respeito de dietas especiais e restrições alimentares aos portadores de ST. Mas é um começo.

Fonte: Escola Médica de Hannover

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

UM POUCO SOBRE TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITIVO



O transtorno desafiador opositivo (TDO) envolve um padrão recorrente de negativista, desafiador, desobediente e hostil direcionado para figuras de autoridade. Embora esta desordem tem significado clínico importante, muito pouco se sabe sobre ela, provavelmente porque muitos especialistas consideram uma variante ou uma manifestação de transtorno de conduta.

Neste sentido, deve salientar-se que o transtorno desafiador opositivo tem um risco aumentado de comportamento desenvolver transtorno de conduta e manifestar uma personalidade anti-social na idade adulta, mas para não ser identificado com transtorno de conduta em si.

Estima-se que o TDO tem uma prevalência na população varia entre 2 e 16%. Quase 75% dos casos estão associados com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, tanto que entre 40 e 60% das crianças diagnosticadas com TDAH terminam desenvolvendo um comportamento desafiador opositivo.

O Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais especifica quais são os principais sintomas do transtorno desafiador opositivo:

1. Se irrita facilmente;

2. Discute com adultos;

3. Desafia ou se recusa adultos atender suas ordens;

4. Deliberadamente irrita os outros;

5. Acusa os outros por seus erros ou mau comportamento;

6. É suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros;

7. Tem raiva e ressentimento;

8. É rancoroso ou vingativo.

Existem evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social ou acadêmico. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico ou um transtorno de humor. A diferença essencial entre transtorno desafiador opositivo e outras condições é que estas crianças não violam a lei ou os direitos fundamentais dos outros.

Fonte: blog Síndrome de Tourette Gran Canaria

terça-feira, 15 de outubro de 2013

DEPOIMENTOS DE PORTADORES DE ST


Nos muitos fóruns de discussão sobre a síndrome de Tourette na internet, coletamos alguns depoimentos de portadores da doença pra ajudar àqueles que têm o mau hábito de rir ou discriminar quem tem ST. Quem sabe, lendo as descrições de constrangimentos e sofrimento dessas pessoas, a mentalidade possa, aos poucos, ir mudando e um mundo novo comece a se abrir pra nós. Os nomes foram trocados:

Fernando: Eu tenho muitos tiques. Piscar os olhos, sacudir a cabeça, emitir som da garganta ("hum hum hum"), mexer os ombros, entortar os olhos, e mais alguns.

Cleide: sem querer, percebi que estou fazendo "hum, hum, hum". Se alguém nota, finjo que estou cantando. Eu também tenho síndrome do pânico. Outro dia, ao saber que um irmão seria, finalmente internado, desatei a chorar, gritar no hospital e... Perdi a memória! Acordei muito mais tarde em casa, sem saber o que ocorrera... Acho que foi muito stress ou pânico, sei lá. Cheguei no limite, estou procurando um clínico-geral que me analise e encaminhe para um neurologista ou psicólogo.

Alberto: eu tenho tiques sempre principalmente quando fico nervoso. Suo muito. Me canso rapidamente e viro muito o pescoço. Eu sou poeta, mas tem um bom tempo que não escrevo pela dificuldade de controle dos tiques. Nem ler sossegado eu posso mais. Mas não me desespero. Eu canto, danço, jogo vôlei, luto capoeira, tenho uma vida normal e tenho uma família que me apoia e muitos amigos que me amam como eu sou. Preconceito sempre se encontra, mas não dou bola. Estou de bem comigo mesmo.

Cláudio: eu esbugalho os olhos, mexo o nariz, pisco sem parar, mexo o pescoço, esfrego um dedo no outro (na mão e pé). Tento não pensar neles. Sempre que lembro, eles voltam.

Ana Lúcia: tenho desde os 5 anos. Quando minha mãe me levou ao médico, ele falou que o problema era com minha mãe, que eu não tinha nada. Aí, ela conversou com minha madrinha, elas acharam um absurdo. Daí, então, minha madrinha pesquisou e descobriu o que eu tinha. Desde então fui em muitoooooooooooooooooos médicos, tomei váááários medicamentos, principalmente calmantes. Já tomei Ziprexa, Apraz, Risperidona, Lexotan, Rivotril, Anafranil, Tofranil, Assert, Haldol (inclusive fui parar no Hospital, por causa da impregnação que ele causa), fora os muitos outros que já tomei que não lembro agora. Atualmente, uso o Orap 1 mg, que no começo do tratamento deu muito certo, porém agora não está mais adiantando.

Alguns dos meus tiques são: bater a cabeça para frente, enrugar a testa, pular, gritar, pigarrear, raspar a garganta, estralar os dedos, curvar pra frente quando estou andando, juntar os ombros para trás. Fora os TOCs que são: contar escadas, azulejos. Se encosto a mão em algum lugar tenho que encostar a outra; se apago a luz e vejo que ela está apagada, passo a mão no interruptor pra ver se realmente está apagada, entre outros.

Sobre preconceitos, já sofri vááááários. Na escola então, nem falo. Na rua, as pessoas me olham diferente, fora quando me perguntam se estou passando mal. Já cheguei muitas vezes em casa chorando, muito chateada. Mas minha famíla inteira entende, já sabem do problema, me apoia demaaaaisss. Isso é o que mais nos anima.

Kelly: desde pequena, eu tenho mania de cheirar coisas, principalmente comidas; xingar; quando fico com raiva me mordo bato a cabeça na parede. Sempre tive baixa autoestima, sempre tive a mania de triscar as coisas com o pé pra ficar igual; contorcer o pescoço; cheirar o lábio superior. Já percebi algumas vezes umas coisas estranhas na minha voz, tipo mudança de entonação, gaguejos ou às vezes afinava demais. Agora estou tendo outros trecos: quando eu vou ao banheiro eu me contorço e às vezes começo a pular!!! Tenho mania de quando eu estou procurando uma coisa, olhar nos lugares várias vezes, mesmo sabendo que já olhei lá e não estava. E a dificuldade em apredizagem! E o pior que eu so vim descobrir agora, com 17 anos!!!

Amuar: geralmente, eu tenho dado mordidas constantes na mão e desde pequeno eu tenho descargas involutárias envolvendo braços, mãos e pernas. Também minha linguagem; quando eu era pequeno, era mais evoluída do que as das outras crianças, apesar de falar TANTA besteira e sem querer largar um palavrão.

Edson: quando criança, tomei um murro na boca porque eu tinha tiques. Depois diminuiu. Aí, da adolescencia até agora é só aquele sofrimento. Já tive vontade de matar algumas pessoas, mas aí passa porque percebi que quem ri é gente tola. Coitados! E parece que essa doença deixa a gente mais hábil com outras coisas, viu? E o brabo também é que escolhi ser professor, aí os alunos ficam me zoando, mas logo ajudo-os a aprenderem a respeitar os problemas pois sempre se pode apontar pros outros e ver defeitos. Todo mundo tem.

Quando criança, meus tiques eram com os lábios e os olhos; agora é com a cabeça pro lado umas cinco vezes seguidas e o ombro também. Já tive outros, mas aprendi a controlar concentrando e meditando.

Mário: já tive 1 milhão de tiques. Hoje em dia, tenho um de puxar a pálpebra do olho, faço de um jeito como se estive coçando o olho para disfarçar, mas não me importo muito, não. Tenho vários amigos, alguns tiram onda, ai eu mando se F... e tá tudo certo. Não se pode viver em função disso porque se nao você não vive, o mais complicado é ficar administrando a vontade em horas que você não pode fazer mesmo. Isso sim leva o cara à loucura!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

APENAS UMA REFLEXÃO



Incontrolável!!!

É assim que a maioria, senão todas as pessoas que têm síndrome de Tourette descrevem como é conviver com os tiques.

Aos olhos de quem observa, é angustiante perceber que um ser humano movimenta-se e emite sons que o fazem chegar ao seu limite de exaustão. Algumas vezes, quando os tiques começam, quanto mais se tenta controlar, mais fortes e insuportáveis eles são manifestados.

Quando adultos, há um "controle na falta de controle". Com o passar dos anos, com a educação e a repressão social, aprende-se a mascarar os tiques. Disfarçá-los. A cobrança do meio por uma postura correta impede que os tiques sejam expressos livremente, então, o corpo reage se tensionando, prendendo o tique e encouraçando a vontade.

Aí vem dores, muitas vezes insuportáveis, de nódulos de tensão. Horas de tanto fazer, horas por conter. E o que acontece, então, com quem não consegue ter esse pequeno "auto-controle" do disfarce?

Infelizmente, não são raros os casos de discriminação. Exclusão de vínculos de amizades, falta de oportunidade de emprego e vergonha de quem não tem como evitar a companhia de quem vive com tiques.

Felizmente, porém, há muitas pessoas boas que auxiliam, ajudam, apoiam e entendem que a pessoa não é a síndrome de Tourette, mas apenas a tem.

É inevitável que as pessoas que cercam alguém com tiques vivenciem também sentimentos e emoções difíceis de serem trabalhadas. Raramente, quem convive com alguém com síndrome de Tourette fica indiferente frente a esta problemática.

As reações mais encontradas são de superproteção ou rejeição. Os que lidam com maior normalidade ou que apoiam e auxiliam o portador são os que têm mais acesso ao conhecimento do que se trata e como se ameniza a síndrome.

Dentre outros fatores, este é o maior motivo pela importância da divulgação da síndrome. Tornar entendível aos leigos que quem tem tiques consegue lidar melhor com eles se for menos julgado, discriminado, satirizado e diferenciado.

Extraído do blog Psicologia Para Todos

terça-feira, 8 de outubro de 2013

EFEITOS COLATERAIS: COMO PROCEDER


Mantenha seu médico sempre informado dos sintomas e reações que você sinta após o início da medicação. Relate tudo, mesmo aquilo que você julga não ser proveniente do medicamento. O psicofármaco age no sistema nervoso central e pode provocar efeitos colaterais físicos (náuseas, vômitos, sonolência, insônia, urticária, tremores, tonteiras, cefaléia, entre outros) e psíquicos (ansiedade, inquietação, desânimo, pessimismo, irritabilidade, tristeza, etc).

Somente o médico terá condições para julgar se os sintomas são ou não decorrentes do tratamento, já que muitos efeitos colaterais podem se confundir com os sintomas da doença que está sendo tratada.

Não se assuste com os sintomas descritos nas bulas (pense que até uma simples aspirina pode matar), procure conversar com o médico sobre a sua experiência com aquele medicamento para ver se os efeitos relatados na bula são ou não comuns na prática. A bula contém todas as informações sobre o produto, inclusive aquelas raras e que ocorreram na freqüência menor do que 1%.

Não interrompa o medicamento bruscamente. Geralmente os efeitos colaterais são leves e transitórios, ocorrendo no início do tratamento e desaparecendo após uma semana de uso, pois é o tempo que o organismo leva para se acostumar com a ação do medicamento.

Fale com o médico sobre remédios paliativos que possam ser utilizados no caso de efeitos adversos, como analgésicos, antieméticos e protetores da mucosa gástrica. Na maioria dos casos esses medicamentos podem ser usados, mas não é recomendável que o paciente faça uso de qualquer medicação sem obter antes a orientação do médico.

Fonte: psiquiatra Leonardo Figueiredo Palmeira

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A GRAVIDADE DO TOC


O TOC é considerado uma doença mental grave por vários motivos:

- está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde;

- acomete preferentemente indivíduos jovens ao final da adolescência – e muitas vezes começa ainda na infância – sendo raro seu início depois dos 40 anos;

- geralmente é crônica e, se não tratada, na maioria das vezes se mantêm por toda a vida. Os sintomas raramente desaparecem por completo. O mais comum, quando não é realizado nenhum tratamento, é que apresentem flutuações ao longo da vida, aumentando e diminuindo de intensidade, mas estando sempre presentes em algum grau;

- Em aproximadamente 10% dos casos, tendem a um agravamento progressivo, podendo incapacitar os portadores para o trabalho e acarretar sérias limitações à convivência com a família e com as outras pessoas, além de submetê-los a um grande e permanente sofrimento.

Felizmente, têm sido desenvolvidos novos métodos de tratamento, utilizando medicamentos e psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental), que conseguem reduzir os sintomas e, muitas vezes, eliminá-los completamente.

Fonte: Riostoc

terça-feira, 1 de outubro de 2013

PESQUISADOR MEXICANO FAZ UM ALERTA AOS CASAIS



O pesquisador da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), Rodolfo Solís Vivanc, faz um alerta aos casais em que um dos membros tem síndrome de Tourette. Diz ele:

"Os filhos homens tendem a padecer mais de Tourette, numa proporção de quatro a um com respeito às mulheres. Encontramos uma tendência clara que os descendentes de pais com síndrome de Tourette têm mais risco de adquirí-lo, que aqueles cujos progenitores não o possuem. Este padecimento agrava-se se o filho se submete a períodos de estresse e inclusive o mesmo sucede com jovens que têm que tomar decisões importantes em sua vida."